Sinto-me a desfalecer…
Sabes que te amo… E isso não vai mudar… Não digo
“nunca”, porque “nunca” é demasiado tempo e não sei o que o futuro nos
reserva… Mas sei que isso não vai mudar… Nos tempos que se aproximam não
vai mudar…
Sinto que te tornaste demasiado importante… E nunca,
jamais, quis que isso acontecesse. Não sou de me ligar muito às pessoas
ou talvez apenas não o faço porque tenho medo de sair magoada. Tal e
qual como, mesmo agora, me sinto terrivelmente mortificada de medo de
que me faças sofrer.
O amor dá demasiado poder. Torna aquele que amamos um
guardião de algo que para nós tem a máxima importância. E como são
humanos, e portanto falíveis, eles erram e destroem aquilo que lhes
confiámos.
É por isso que me assustas… Que aquilo que sinto me
mortifica até aos ossos... E apenas porque o sentimento é demasiado
grande, demasiado poderoso e tem, por isso, uma potencial de dor ainda
mais extensa…
Dá-te tanto poder o meu amor por ti… Acredito que não
tenhas noção disto… Que não tenhas noção de que uma palavra mal dita,
um virar de costas ou um ciúme um pouco mais infundado me afecta… Como
tudo isto me corta o coração e me destrói um pouco mais…
Atingimos um nível que eu não esperava… Um nível em que há algo mais envolvido… E tenho medo! Tenho tanto tanto medo! E não estás aqui! E não me entendes! Tenho medo que me trates como àquelas folhas de papel que são amassadas e gostas de atirar para o lixo…. Tenho medo que me deixes e destruas o pouco saudável que ainda me resta…
Tenho medo de te ter confiado algo demasiado importante e de que sejas demasiado humano e não o consigas cuidar com todas as tuas forças… Tenho medo que o teu orgulho e a minha estupidez nos afastem e não nos deixem ser felizes…
Eu amo-te. E isso não vai mudar.
Espero que o saibas…
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