sexta-feira, 30 de novembro de 2012

My lovely Argentina #6

 
Ciudad de Buenos Aires, Argentina [2012]
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#11 Carta para uma pessoa falecida com a qual gostavas de falar

(11ª carta do desafio)

#11 Carta para uma pessoa falecida com a qual gostava de falar
   
   Não deixa de ser engraçado... Acho que pouco mais tenho feito do que isto...
  Ao rever coisas antigas (mas, ao mesmo tempo, tão recentes), não deixa de ser engraçado como monopolizaste toda a minha criação escrita, como parecia não ter mais que aquele assunto (tu!), não pensar sobre mais nada, não escrever sobre mais nada.
   É engraçado como um anjo se tornou no meu maior pesadelo. Não tenho porque negá-lo, se foi isso mesmo que aconteceu. Acredito que em 100 textos, 200 eram para ti! Não só os 100 escritos, mas também os outros: os pensados, os sentidos, os imaginados... e foram tantos! Tantos que chego a pensar como era possível haver tanto para dizer, para pensar, para refletir sobre um mesmo momento.
   Acredito não ter muito mais para te dizer que não tenha sido já dito, que não TE tenha já dito. Gostava apenas de obter uma resposta. Gostava, por vezes, de sentir um pouco mais do que apenas a tua presença. Gostava de ter a certeza de que nos vês, que vês o que nos fizeste sofrer, que vês o que a tua dor provocou não só em ti, mas em todos.
   A tua cara desvanece-se (como pode a memória humana ser tão fraca?) e os pormenores deixam de ser concretos. Tenho medo de te esquecer! Medo de deixar de sentir a tua presença! E isso é o que mais me assusta! O esquecer... aí sim, morrerias para sempre. Mas, ao mesmo tempo, tenho também medo de enlouquecer, de ficar (ainda) mais obcecada com tudo, de ficar (ainda) mais apática, sem rumo... assim como tu ficaste. Tenho medo de tudo... medo de voltar a passar pelo mesmo... E talvez te perguntasse o que sentes ao ver-nos assim, doidos, patéticos, em busca de respostas que jamais nos poderás dar...
   Ver-te seria uma machadada muito forte no meu coração. No meu e no de todos. Depois de tanto tempo de ausência, já não sei se seria capaz de te dizer algo... Talvez um 'gosto de ti', apenas. Talvez AQUELE 'gosto de ti' que ficou por dizer. Talvez o 'gosto de ti' que me arrependo eternamente de nunca ter dito.
   Sabes que sentimos saudades, é inevitável. Mas temos aprendido, cada dia, a viver sem ti, sem a tua presença. Se já passámos por momentos de provação depois de ti? Alguns... Foram momentos de crescimento também, de viver uma nova realidade que nos é imposta diariamente e à qual não podemos fugir (antes tivessemos essa hipótese!). Sim... acho que já não saberia que dizer, acho que nem coragem teria para te perguntar 'porquê?'.
   Agora, apenas tento esquecer. Não a ti, mas à tua ausência!



quarta-feira, 21 de novembro de 2012

(e isto veio do blog da miii, passem por lá, vale a pena!)

(a verdade está a negrito)
Tenho menos de 1.65m.
Tenho uma cicatriz.
Gostava que o meu cabelo tivesse uma cor diferente.
Já pintei o cabelo.
Tenho uma tatuagem.
Eu nunca usei suspensórios.
Um estranho já me disse que era bonito/a. 
Tenho mais de 2 piercings.
Tenho sardas.
Já jurei algo aos meus pais.
Já fugi de casa.
Eu tenho irmãos.
Quero ter filhos no futuro.
Tenho um emprego.
Já adormeci numa aula
Faço quase sempre os trabalhos de casa.
Já estive no quadro de honra da escola.
Já disse "LOL" durante uma conversa.
Ainda choro a ver filmes da Disney.
Já chorei de tanto rir.
Já rasguei as calças em público.
Tenho uma doença de nascença.
Já tive que levar pontos.
Já parti um osso.
Já fiz uma cirurgia.
Já andei de avião.
Já fui a Itália.
Já fui à América.
Já fui ao México.
Já fui a Espanha.
Já fui à Suiça. 
Já fui a África. 
Já me perdi na minha própria cidade.
Já fui à rua de pijama.
Dei um pontapé a um rapaz onde dói mesmo.
Estive num casino.
Gostava de jogar verdade ou consequência.
Já tive um acidente de carro.
Já fiz ski.
Já entrei numa peça de teatro.
Já me sentei num telhado à noite.
Costumo pregar partidas às pessoas.
Já andei de táxi.
Já comi sushi.
Já tive um encontro às cegas.
Sinto falta de alguém neste momento.
Já beijei uma pessoa com mais 8 anos do que eu.
Já me divorciei.
Já gostei de alguém que não sentia o mesmo por mim.
Já disse a alguém que o/a amava, quando não era verdade.
Já disse a alguém que o/a odiava quando na verdade o/a amava.
Já tive uma paixão por alguém do mesmo sexo.
Já me apaixonei por um/a professor/a.
Já me beijaram à chuva.
Já beijei um estranho.
Fiz algo que prometi não fazer.
Já saí sem os meus pais saberem.
Já menti aos meus pais acerca do sítio onde estava.
Tenho um segredo que ninguém pode saber.
Já fiz batota
Copiei num teste.
Passei um semáforo vermelho.
Já fui suspenso na escola.
Já testemunhei um crime.
Estive preso/a.
Já consumi álcool.
Bebo regularmente.
Já desmaiei de tanto beber.
Estive bêbado/a pelo menos uma vez nos últimos 6 meses. 
Já fumei ganza. 
Já tomei drogas fortes.
Consigo engolir 5 comprimidos de uma vez sem problemas.
Já me diagnosticaram uma depressão.
Tenho problemas de ansiedade diagnosticados.
Grito com os outros quando estou enervado.
Tomos anti-depressivos.
Sofro/sofri de anorexia ou bulimia.
Já me aleijei de propósito.
Já acordei a chorar.
Tenho medo de morrer.
Odeio funerais
Já vi alguém morrer.
Alguém que me era querido suicidou-se.
Já pensei em suicidar-me.
Tenho pelo menos 5 CD’s.
Tenho um ipod ou um mp3.
Sou obcecado por anime.
Já comprei alguma coisa pela Net.
Canto bem.
Já roubei um tabuleiro de um restaurante de fast food.
Eu vejo o noticiário.
Não mato insectos.
Canto no duche.
Já fingi estar doente para não ir à escola.
Acedo à net pelo meu telemóvel.
Ando no ginásio.
Sou fanático/a por desporto.
Cozinho bem. 
Já fui de pijama para a escola.
Sou capaz de disparar uma arma.
Amo amar.
Eu ja exkrevi axim.
Eu rio-me das minhas próprias piadas.
Todas as semanas como fast food.
Acredito em espíritos.
Já fui para um teste sem estudar e tive boa nota.
Sou muito sensível.
Adoro chocolate branco.
Tenho o hábito de roer as unhas.
Sou bom/a a decorar nomes.
Associo músicas a pessoas/momentos.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Esquema actancial

 

 sujeito: C.
objeto: fazer a diferença na vida de alguém
adjuvantes: (poucos)
oponentes: vida
estado: avanços e recuos, em processamento


sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Lusíadas, Canto I

105
O recado que trazem é de amigos,
Mas debaxo o veneno vem coberto;
Que os pensamentos eram de inimigos,
Segundo foi o engano descoberto.
Oh! Grandes e gravíssimos perigos,
Oh! Caminho de vida nunca certo:
Que aonde a gente põe a sua esperança,
Tenha a vida tão pouca segurança!

106
No mar tanta tormenta, e tanto dano,
Tantas vezes a morte apercebida;
Na terra, tanta guerra, tanto engano,
Tanta necessidade avorrecida!
Onde pode acolher-se um fraco humano,
Onde terá segura a curta vida,
Que não se arme, e se indigne o Céu sereno
Contra um bicho da terra tão pequeno?

                             Lusíadas, Canto I

  

domingo, 11 de novembro de 2012

Again?



   Tanto por dizer, por contar...
   Mais um coração jovem que deixa de bater...
   E pensar que esta frase se adequa tão bem àquela quarta-feira... Inacreditável como os desentendimentos num instante se esquecem quando pensamos que poderia ser uma pessoa (ainda) mais próxima... Que podias ser tu... Que ela poderia ser eu...
   Sabes que te vamos recordar sempre... Teu homónimo... Meu companheiro de aniversário... Esse dia passará, mais que tudo, a representar um dia de saudade, um dia de lembranças do bom que eras, do bem que fazias à tua comunidade, das coisas positivas que trazias e ensinavas a toda a sociedade.
   Mais um coração jovem que deixa de bater...
   E porquê só os bons? 

sábado, 3 de novembro de 2012

True #19



RBD é, sem sombra de dúvidas, uma fase marcante da minha pré-adolescência... É impressionante como ainda sei as músicas todas de cor!

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

«A boa morte», Gonçalo M. Tavares

   "Mas a verdade é que é sempre longo o caminho até alguém que está a morrer. Mesmo que fisicamente a distância não passe de alguns metros, aproximarmo-nos de quem está a morrer é percorrer um enorme itinerário. É fazer, de facto, uma viagem antiga - aquela viagem de iniciação essencial: quem a fazia nunca regressava igual.
   Volta-se demasiado cansado depois de se ver quem vai morrer. Porque entre quem ainda não está nesse estado e quem está a morrer há uma distância enorme, uma distância psicológica que exige tanto ou mais esforço para ser percorrida do que a outra, a distância medida por quilómetros. Se vais ver quem vai morrer, prepara-te fisicamente. É muito longe, é muito duro."
Gonçalo M. Tavares