Um artigo sobre a Cimeira de Durban (realizada em Novembro / Dezembro de 2011) e que mostra o pouco (ou mesmo absolutamente nada) que têm sido feito nestas conferências.
"Nem o compromisso em negociar, até 2015, um acordo vinculativo da redução das emissões de gases com efeito de estufa, nem a força de lei que esse acordo vai ganhar chegam para disfarçar o enorme fracasso e desilusão que foi a Cimeira de Durban.
Um fracasso que não se limita ao facto do Canadá, que não pára de aumentar as suas emissões de CO2, ter anunciado a sua intenção de abandonar o compromisso de Quioto, atitude que outros países altamente industrializados deverão imitar, como a Rússia, Japão e EUA (que nunca sequer assinou), mas por se ter novamente adiado uma urgência e uma inevitabilidade.
Com este protelamento, os efeitos do aquecimento global no clima vão continuar a ser uma ameça séria à sustentabilidade e equilíbrio do nosso planeta. Os desiquilibrios e os efeitos que estes causam são bem conhecidos.
Uma vez que 2020 era considerada a data limite para haver uma redução significativa das emissões para se conseguir não passar do aumento de 2ºC, sendo este valor considerado o limite para as catástrofes ambientais não se tornarem imprevisíveis e incontroláveis, todas as condições estão reunidas para se poder considerar que vai haver um aumento das catástrofes ambientais com efeitos devastadores.
Mais preocupante ainda, a seguir este caminho de contínuo adiamento e desresponsabilização, nomeadamente dos países mais ricos e também mais poluentes, é que as catástrofes ambientais serão generalizadas e afectarão indiscriminadamente qualquer país ou população."
Sem comentários:
Enviar um comentário