segunda-feira, 6 de outubro de 2014

"Só queria o amigo de volta" - impossible mission

''Porque o tempo leva pessoas, coisas, factos e experiências. A questão é que nunca nada sai da memória, nunca nada vai embora por completo, há sempre uma réstia de emoção e uma pequena lembrança, seja o momento bom, ruim ou especial.'' Anónimo

    Por estes dias, fizemos um ano de rutura total. Ou quase total.
    Tivemos aquele encontro totalmente desagradável em que os dois percebemos realmente que já não havia ponta por onde lhe pegar.
    Lembro-me tão bem de como ficaste desiludido por não me ter sentado ao teu lado, de como começaste a beber por todos os que estavam na mesa. Lembro-me daquele fim de noite horrível, em que te aproximaste assustadoramente do maníaco violento que eu projetava no futuro da nossa relação. Esse teu lado assusta-me e fico sem saber quem és de verdade.
    Soube recentemente que desististe da escola, que nem os exames fizeste e essa falta de objetivos, que aparentemente só piorou desde que nos separámos, só me deixa mais amargurada pela forma como tudo acabou.
   Sinto uma dualidade tão grande de sentimentos por ti. Acho que é porque tu próprio sempre foste uma dualidade em termos de personalidade também.

    Toda a situação me entristece, e muito. Mas há momentos em que gostar não chega e há que saber dizer basta. E foi o que eu fiz. Por muito que custe, transformaste-te num dano colateral na minha procura pela felicidade. E sinto-me a pior pessoa do mundo por finalmente admitir isto. 
    Foste a melhor e a pior pessoa da minha vida. E sei que sabes disso.


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